Salvador vive hoje um momento de crise, que vai do sucateamento dos serviços públicos essenciais, problemas de infra-estrutura, até os problemas de Gestão Administrativa no Governo Municipal. Os serviços de saúde estão praticamente paralisados por falta de médicos, equipamentos, materiais de higienização, medicamentos, inclusive água potável, na maioria dos postos. Muitas vezes os servidores precisam comprar materiais com recursos próprios para o desenvolvimento de suas atividades.
Os serviços de manutenção e conservação da Cidade, executados pela SUCOP, são desenvolvidos de forma precária e os trabalhadores não possuem qualquer tipo de equipamentos de proteção individual e coletiva, previstos pelas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho. O asfalto que é colocado na cidade (tanto nas operações tapa-buracos, quanto nas obras de recapeamento asfáltico) é de qualidade inferior aos padrões oficiais, desmanchando à primeira chuva e até levados pelos pneus dos carros, durando apenas algumas semanas. Com isso, lucram as empresas terceirizadas que ganham por produção.
A nossa tão falada Guarda Municipal, largamente utilizada como "garota propaganda" na época das eleições, hoje vive sob suspeita de corrupção na aquisição de fardas, apitos e outros materiais, e está sendo investigada pela "Operação Neêmesis", desencadeada pela Polícia Civil da Bahia. O pior é que até hoje centenas de guardas não possuem fardamento.
Os Agentes de Salvamento Aquático (SALVAMAR), tão necessários às nossas praias, adquirem o cloro, para tratamento da piscina de treinamento, com recursos próprios. Estes, além de estarem expostos a condições de trabalho extremamente insalubres, também não recebem o devido adicional na remuneração.
A TRANSALVADOR, gestora do transporte e trânsito do município, dispõe de péssimas condições de trabalho, que vão da sua sede até as estações, terminais e outros equipamentos da infra-estrutura urbana, nos quais os servidores desempenham suas atividades profissionais.
Diante deste quadro caótico, os servidores municipais em campanha salarial, cuja data base é 1° de maio, estão nas ruas para denunciar o descaso da Prefeitura para com a cidade e o funcionalismo público.
A nossa Pauta de reivindicações foi encaminhada oficialmente para o Prefeito desde o dia 03 de abril e, após dois meses e doze dias de silêncio e descaso, João Henrique apresentou o mísero percentual de 1% de reajuste salarial (ampliado para 2% na rodada seguinte). Por isso, estamos fazendo protestos nas ruas e em GREVE POR TEMPO INDETERMINADO!
Na oportunidade, pedimos à população de Salvador compreensão e apoio, pois a vitória desta luta irá proporcionar uma melhoria na prestação dos serviços públicos aos nossos cidadãos.
Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador - SINDSEPS
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