domingo, 28 de junho de 2009

SINDSEPS convoca os servidores municipais para assembléia nesta segunda (29)

Dando seqüência as atividades do movimento grevista, o SINDSEPS está convocando todos os servidores municipais para participar da Assembléia Geral, a se realizar nesta segunda feira (29), em frente à Quadra de Esportes dos Bancários, localizada na Ladeira dos Aflitos, apartir das 15 horas.
Na assembléia serão passados os informes e a categoria deliberará sobre os rumos do movimento durante esta semana.
Apesar de bastante noticiado na imprensa local, a respeito de uma Liminar para garantir os 30% dos serviços essenciais, a diretoria do SINDSEPS informa que, mesmo não tendo sido notificada pela Justiça, vem respeitando os preceitos legais, garantindo os 30% do efetivo, nos serviços essenciais à população, desde o inicio do movimento.
A direção do Sindicato “entende que esta atitude do Prefeito João Henrique, visa apenas confundir a opinião pública, no sentido de desqualificar o movimento legítimo dos servidores municipais”, e que, “ao invés pretender criminalizar a ação dos servidores, o prefeito deveria acabar com a intransigência e sentar pra negociar, pondo fim ao impasse e conseqüentemente com a greve”, disse um dos diretores, ressaltando que, “esta seria a atitude sensata de qualquer gestor democrático”.

O QUE – Assembléia Geral

QUANDO – Dia 29.06.2009 (segunda-feira)

ONDE – Em frente a Quadra de Esportes dos Bancários (Ladeira dos Aflitos)

QUE HORAS – Apartir das 15 horas

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Denúncias de irregularidades levam superintendente da SUSPREV a pedir exoneração

Investigado pelo Ministério Público e pela Operação Neêmesis da Polícia Civil da Bahia, por suspeita de irregularidades na aquisição de fardamento da Guarda Municipal de Salvador, o Coronel José Alberto Guanais pediu afastamento do cargo na última terça-feira (23).
Neste momento de luta (em GREVE por tempo indeterminado), os servidores municipais lotados na Guarda, devem incrementar á pauta, a reformulação da Lei que garante o cargo de superintendente da SUSPREV, exclusivamente a um oficial PM. Não se pode aceitar que a Guarda seja o quintal dos oficiais de polícia. Será que a PM aceitaria um Civil para o comando Geral da sua Corporação? É provável que não.
Neste sentido, a presença desses militares, gerindo órgãos municipais, deve ser encarada como uma invasão de competência, algo ditatorial, incompatível com o regime democrático. Portanto, é preciso lutar para que os próprios servidores do órgão possam assumir o seu comando. Neste caso, o primeiro passo é mudar a legislação.


Veja mais sobre a Operação Neêmesis nos links abaixo:

Denúncias derrubam coronel Guanais do comando da Guarda Municipal

Lobista cobra dinheiro da Guarda Municipal

Comandante da Guarda Municipal pede demissão

Servidores fazem caminhada de protesto na orla

No último sábado (20), obedecendo a decisão da categoria, a ABASA e o SINDSEPS realizaram uma caminhada na orla marítima de Salvador, denunciando as péssimas condições de trabalho dos salva-vidas (SALVAMAR), e protestando contra o reajuste de 2% oferecido pelo prefeito João Henrique.
A categoria se prepara para a próxima assembléia, a se realizar na quinta-feira (25), às 15 horas, em frente a sede da SUCOP (antiga SUMAC), localizada no Dique do Tororó, onde será deliberado sobre os rumos do movimento.

Veja mais sobre o assunto clicando aqui .

SINDSEPS divulga comunicado aos cidadãos soteropolitanos

CARTA ABERTA À POPULAÇÃO DE SALVADOR

Salvador vive hoje um momento de crise, que vai do sucateamento dos serviços públicos essenciais, problemas de infra-estrutura, até os problemas de Gestão Administrativa no Governo Municipal. Os serviços de saúde estão praticamente paralisados por falta de médicos, equipamentos, materiais de higienização, medicamentos, inclusive água potável, na maioria dos postos. Muitas vezes os servidores precisam comprar materiais com recursos próprios para o desenvolvimento de suas atividades.
Os serviços de manutenção e conservação da Cidade, executados pela SUCOP, são desenvolvidos de forma precária e os trabalhadores não possuem qualquer tipo de equipamentos de proteção individual e coletiva, previstos pelas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho. O asfalto que é colocado na cidade (tanto nas operações tapa-buracos, quanto nas obras de recapeamento asfáltico) é de qualidade inferior aos padrões oficiais, desmanchando à primeira chuva e até levados pelos pneus dos carros, durando apenas algumas semanas. Com isso, lucram as empresas terceirizadas que ganham por produção.
A nossa tão falada Guarda Municipal, largamente utilizada como "garota propaganda" na época das eleições, hoje vive sob suspeita de corrupção na aquisição de fardas, apitos e outros materiais, e está sendo investigada pela "Operação Neêmesis", desencadeada pela Polícia Civil da Bahia. O pior é que até hoje centenas de guardas não possuem fardamento.
Os Agentes de Salvamento Aquático (SALVAMAR), tão necessários às nossas praias, adquirem o cloro, para tratamento da piscina de treinamento, com recursos próprios. Estes, além de estarem expostos a condições de trabalho extremamente insalubres, também não recebem o devido adicional na remuneração.
A TRANSALVADOR, gestora do transporte e trânsito do município, dispõe de péssimas condições de trabalho, que vão da sua sede até as estações, terminais e outros equipamentos da infra-estrutura urbana, nos quais os servidores desempenham suas atividades profissionais.
Diante deste quadro caótico, os servidores municipais em campanha salarial, cuja data base é 1° de maio, estão nas ruas para denunciar o descaso da Prefeitura para com a cidade e o funcionalismo público.
A nossa Pauta de reivindicações foi encaminhada oficialmente para o Prefeito desde o dia 03 de abril e, após dois meses e doze dias de silêncio e descaso, João Henrique apresentou o mísero percentual de 1% de reajuste salarial (ampliado para 2% na rodada seguinte). Por isso, estamos fazendo protestos nas ruas e em GREVE POR TEMPO INDETERMINADO!
Na oportunidade, pedimos à população de Salvador compreensão e apoio, pois a vitória desta luta irá proporcionar uma melhoria na prestação dos serviços públicos aos nossos cidadãos.
Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador - SINDSEPS

terça-feira, 16 de junho de 2009

Descaso do Prefeito João Henrique leva servidores a manter Greve por tempo indeterminado

Em assembléia realizada no Ginásio de Esportes dos Bancários, no final desta manhã (16), os servidores municipais decidiram rejeitar o reajuste de 1% proposto por João Henrique.

Em resposta ao Prefeito, a GREVE continua por tempo indeterminado, bem como, será realizada uma série de atividades com o objetivo de fortalecer, ainda mais, o movimento.

Dentre as ações estão previstas: uma caminhada na quarta-feira (17), com concentração na praça em frente ao Iguatemi a partir das 15 horas e uma assembléia de avaliação na quinta-feira (18), às 14 horas.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

SINDSEPS convoca todos os servidores Municipais para Assembléia Geral no próximo dia 16

Na próxima terça-feira (16), no Ginásio de Esportes do Sindicato dos Bancários da Bahia, localizado na Ladeira dos Aflitos nº 60, próximo ao Quartel General da PM, o SINDSEPS realizará mais uma Assembléia Geral , desta vez com o objetivo de apreciar os resultados de uma possível reunião com a Administração Municipal, marcada para acontecer no dia 15.
Até o momento, o Prefeito João Henrique e seus Secretários têm demonstrado total desinteresse com as questões relacionadas ao funcionalismo municipal. Verifica-se pela mídia que os holofotes dos gestores estão voltados apenas para as eleições de 2010. Enquanto isso, a cidade padece com a precariedade dos serviços oferecidos pela prefeitura em todas as instâncias.
Conscientes destes fatos, os servidores apresentaram uma pauta de reivindicações que podem ser sintetizados em quatro pontos: Assistência à Saúde, Plano de Cargos e Salários, Criação de um Piso Mínimo para a categoria e Condições de Trabalho.
O QUE: Assembléia Geral Extraordinária
QUANDO: 16 de junho de 2009 (terça-feira próxima)
ONDE: Ginásio de Esportes do Sindicato dos Bancários (Ladeira dos aflitos, 60)
QUE HORAS: 11 horas (manhã)

Gestores da Prefeitura de Salvador tentam enganar a população e confundir os servidores

A assessoria de Comunicação da Prefeitura vêm se utilizando da mídia para enganar a população e confundir os servidores. Em nota recentemente publicada na imprensa, a Secretaria de Comunicação – SECOM, informa que “a maioria dos itens que compõe a pauta de reivindicações dos servidores e professores foi atendida, com pendências apenas nos itens econômico-financeiros”, o que é uma inverdade. A nota sugere ainda, que não estaria havendo respeito à manutenção dos 30% do efetivo e que a folha de pagamento estaria comprometida.
Todos sabem que a Pauta da Campanha Salarial 2009 foi entregue na primeira semana do mês de abril (quase três meses atrás), sem que a Administração manifestasse qualquer posicionamento. Quem está acompanhando de perto o movimento, pode comprovar que o SINDSEPS tem respeitado a Lei, mantendo o efetivo de 30%, como também, os servidores responsáveis pela Folha de Pagamento, inclusive os da SEPLAG, estão trabalhando normalmente.
É extremamente lamentável e vergonhoso que o Prefeito João Henrique e o seu secretariado, se utilizem desses expedientes. Os servidores pensavam que jamais reviveriam os tempos da ditadura na administração municipal, pois, acreditavam que o ex-prefeito Antônio Imbassahy tinha sido o último expoente.

ENSAIOS: Espaço aberto, publique aqui o seu

TEATRO DOS VAMPIROS
Por Marilda Oliveira
Precisamos repensar o mundo com urgência. Reensaiar o nosso papel no espetáculo que se desenrola.
O que esperam os filhos, os netos, os descendentes desta geração e a do futuro próximo? O que teremos a fazer quando a esperança, a última que morre, estiver sepultada ?
Em eterna e intensa evolução, a humanidade parece caminhar para uma esquizofrenia coletiva ou para sua própria autodestruição. Ao tempo em que as avançadas tecnologias nos proporcionam prazeres, comodidades e a satisfação de alguns desejos, a redução de distâncias, a diluição de fronteiras territoriais, espaciais e temporais, na outra ponta, o aumento da violência, da criminalidade, da marginalidade e da exclusão social, nos assusta e nos cerca, às vezes, causando-nos verdadeiro torpor. Também aumenta a nossa covardia diante do mundo.
Relembrando debates, palavras e ensinamentos do sociólogo Gey Espinheira, tão prematuramente silenciado, incansáveis eram suas observações, análises e estudos sobre a violência e a sociabilidade, notadamente a da juventude, “recusando-se mesmo a associar o aumento da criminalidade à pobreza”, donde se entendia que não é possível creditar aos pobres a crescente violência que avança a passos largos pelo cotidiano da sociedade baiana, bem como se alastra por quase todas as regiões do país.
Não se creditem aos pobres a miséria da humanidade, mas à exclusão social perpetrada por uma classe de seres humanos sobre outra classe de seres humanos, reeditando Marx, Che, Luther King, Gandhi, Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce, Bob Marley e outros tantos que pensaram, lutaram ou apenas cantaram o ideal da paz, dos direitos humanos ou da solidariedade. Os imortais em essência.
Uma simples leitura de jornais ou uma visita diária a programas televisivos pode, instantaneamente, funcionar como um dispositivo imunodepressor. Quedamo-nos anestesiados pelas imagens, notícias, cenas, fatos e fotos. De outra forma, tal incursão pode acender o “led” do nosso quase esquecido senso de humanidade, da nossa capacidade de revolta, indignação e piedade. E, assim, nos tornamos esquizofrênicos.
Fácil é atribuir a culpa aos governos de “esquerda” – por sua conhecida e notória incompetência em gerir a administração pública depois de tanto tempo esperando ocupar o tão almejado poder, bem como fácil, é apontar para as práticas neoliberais tão bem elaboradas e perpetradas pelas mentes privilegiadas da nossa “direita”, a nossa velha burguesia. No entanto, estamos todos, em silente concerto, aqui e ali contribuindo para a disseminação da pobreza, da miséria, da antidignidade humana. Alguns em seus recônditos anseios de distanciar-se delas, sem que elas precisem deixar de existir. Outros deliberadamente alimentando-as e outros, utilizando a estratégia de eliminar a pobreza, eliminando os pobres.
Como cultivar esperanças num país em que a todo tempo uma elite se envaidece de sua riqueza, parecendo ignorar que são os alvos preferenciais da violência perpetrada por pessoas educadas na marginalidade e cooptadas pela criminalidade?
Como ignorar que para se manter no poder, essa seleta parte da sociedade delibera solenemente nos palácios e nos planaltos que a grande parte da população terá que permanecer na planície ou ‘dependurados’ nos morros ? Como compreender que essa mesma elite, apesar de pagar impostos ao Estado, para que este lhe devolva os custos em serviços, dele se locupletam para pagar à iniciativa privada por serviços básicos revestidos de qualidade ? Não seria mais lógico se a própria elite que reclama tanto dos altos impostos que pagam, exigisse, fizesse ou determinasse, com o poder da tinta de suas canetas e dos cargos e lugares que ocupam nos diversos poderes, que a saúde, a educação, a segurança e os demais serviços públicos fossem efetivamente de boa qualidade para todos para que não tivessem que pagar outra vez por tudo isso? No entanto, preferem pagar muito caro, por uma boa escola para seus filhos, por um bom atendimento médico pelos planos de saúde, por um transporte particular, eficiente e seguro que os obriga a enfrentar os enervantes congestionamentos. Tudo para se distinguirem dos demais que não podem ter e não podem pagar, e para os quais os serviços públicos de má qualidade, permeados pelos desvios e corrupção, serão destinados.
Como pagar tão caro se não for espoliando o ‘erário’ de todos, usando de estratagemas para que o seu ‘status’ seja sustentado pelos demais? Como poderão pensar em distribuição de riqueza e em políticas públicas? Se assim o fizerem, a gigantesca e anônima massa despossuída, que oportuniza a poucos viver como privilegiados, então, perderia a finalidade. Aliás, quem limparia seus esgotos e suas cozinhas? E quem engraxaria os seus sapatos? E quem seriam os seus caseiros, copeiros, jardineiros, empregadas domésticas? Quem manteria sua posição de autoridade e suas garantias de imunidade através do voto ? E, nesta sociedade multirracial, pluriétnica, onde ficariam os negros? E os índios?
Não tem lugar para todos no STF. Nem nas universidades federais. Muito menos nas faculdades de Direito ou de Medicina. E nem no Congresso. E nem nas Assembléias. Nem nas Câmaras de Vereadores. E nem nas emissoras de TV. Em nenhum local de grande visibilidade. Não há cotas para todos. E, ainda temos os “Big Brothers”, ia esquecendo...
Como entender que ao invés de termos a igualdade de acesso a todos os serviços indispensáveis à sobrevivência, os direitos e garantias fundamentais assegurados pela Constituição cidadã, prefere-se separar os que podem dos que não podem pagar, os que podem dos que não podem ter, os que podem e os que não podem ser ?
Como cultivar as expectativas de uma vida mais confortável no plano da materialidade, se teremos que trancar nossas portas e janelas, instalar câmeras e alarmes, além das grades, e aprisionar nossos corações pelo medo a cada vez que sairmos de casa, a cada vez que retornarmos a ela, a cada ausência dos filhos, irmãos, pais, mães, tios, primos, esposas, maridos, avós?
“Esse é o nosso mundo. O que é demais nunca é o bastante e a primeira vez é sempre a última chance. Ninguém vê onde chegamos. Os assassinos estão livres. Nós não estamos...”
De que valem os dólares na conta em paraísos fiscais e as viagens à Europa, se os países de primeiro mundo, a despeito da globalização, aprofundam suas políticas de eugenia e de xenofobia, de fiscalização de suas fronteiras, e não vêem com bons olhos os turistas ou imigrantes brasileiros?
O que adianta o Audi na garagem, se no cotidiano estamos rodeados por uma emergente miserabilidade irresignada, com seus atores insatisfeitos com os “lugares sociais” que lhe são destinados, impostos e determinados por essa mesma elite, e que em sua irresignação vez por hora, avançam sobre os filhos ou os pais dos afortunados e lhes ceifam as vidas em troca de dinheiro para alimentar o vício, e movimentar o tráfico, e reproduzir os guetos e multiplicar os candidatos ao presídio ou a morte antecipada?
Temos degenerados de todas as espécies no mundo. E para tanto existe também uma paridade. Se existe uma elite perversa em toda sociedade, há também o “underground” .
Ao lembrar das palavras do inesquecível sociólogo, era impossível não concordar que “é muito difícil suportar a existência de cara limpa”, ditas assim, no contexto de um mundo armado, em eterna luta entre classes abastadas e desprovidas. E, para isso, as válvulas de escape estão ao alcance de todos. Há os que bebem, os que fumam, os que se drogam de variadas maneiras. Bebida, cigarro, vícios ou taras, maconha, crack ou cocaína, as drogas puras e as temperadas, as que ensejam “overdoses”, sem esquecer as brigas entre torcidas organizadas e ensandecidas que não percebem a falta de sentido em suas rivalidades enquanto os seus ídolos trocam de camisa por ‘qualquer muito dinheiro’, e o seu time nunca foi o mesmo.
O mesmo de tudo isso é o ressurgimento das turbas, das hordas, das massas atordoadas por um mundo sem grandes perspectivas para os pobres de todo tipo: os desvalidos, os deficientes, os desdentados, os idosos, os alienados, os apolíticos, os descamisados, os sem-tetos, os sem ilusão.
Por mais lugar comum que seja repetir, ainda é o velho problema da corrupção um dos nossos grandes males. Temos uma elite corrompida e imbuída da vontade de corromper e também uma classe despossuída que se corrompe pelo mínimo dos benefícios que puder obter. Dos legisladores em causa própria aos moderados, resignados, conformados, cada um fazendo a sua parte.
“E você ainda acredita que é doutor, padre ou policial, que está contribuindo com sua parte para o nosso belo quadro social”*.
O que nos impede de desfrutar os prazeres da existência digna, senão a nossa própria cegueira e estupidez ?
É válido sim, poder ter, poder ser e ter poder. A dignidade está no poder ver e preservar as paisagens naturais, no respeito ao meio ambiente e ao próximo como ser humano, em gerar filhos belos e bem cuidados, em sermos bem sucedidos, em reunir a família, em ter amigos, em entrelaçar nossos corpos com amor e sexo seguro, em nos embalar na suavidade da música falando ao sentimento e a alma, em degustar as iguarias que agradam o nosso paladar, em respirar ar puro, no prazer de saber ler e de poder ler um bom livro, em se enlevar diante da beleza de um rosto que não carrega marcas de sofrimento, em saber que o mar aberto não está poluído, e que o rio segue sua existência límpido e na inocência e fragilidade de uma vida recém-saída do ventre de uma mulher.
No entanto, vivemos como barcos sem rumo, vampiros de nós mesmos, espectadores da mediocridade, vítimas da impotência, enquanto, há muito mais beleza e poesia no mundo do que toda a miséria que o ser humano seja capaz de produzir. Bastaria que não desistíssimos de insistir em fazer com que a beleza e a poesia prevaleçam sobre a miséria e que teimássemos em acreditar que isso é possível.
Tarefa árdua é apenas entender porque os seres humanos em sua diversidade, pluralidade, potencial criativo, inteligência e capacidade pode ensejar as cenas mais cruéis e os gestos mais chocantes.
“A riqueza que nós temos, ninguém consegue perceber. E de pensar nisso tudo. Eu, homem feito, tive medo e não consegui dormir...”.**
Somos tão capazes de aproximar e afastar, fazer sorrir e fazer chorar, abrigar e excluir, fazer viver e fazer morrer de um a outro momento, a cada segundo, a cada instante. Podemos nos fazer mesquinhos e grandiosos, egoístas e solidários, esnobes ou comedidos, corruptos ou retos de caráter, magnânimos ou perversos, diante de todas as possibilidades que o mundo tem a nos oferecer.
Há os que essa dinâmica foi projetada e ainda é a manifestação da onipotência e onisciência de um único e todo poderoso Criador. Não há como discordar de que o Universo sempre esteve em ordem, nós é que criamos o caos.
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Marilda Oliveira Araujo é Servidora Municipal lotada na Secretaria Municipal de Saúde, Graduada em História pela UCSal, possui curso de Especialização em História pela UEFS, e atualmente cursa o 6.º semestre do curso de Direito da Faculdade Dois de Julho.
* Trecho da letra da música Ouro de Tolo - Raul Seixas
** Trechos da letra da música Teatro dos Vampiros – Renato Russo.

domingo, 7 de junho de 2009

SINDSEPS REALIZA ASSEMBLÉIA DIA 08 NA SEPLAG

Depois de uma caminhada, realizada na última sexta-feira (05), saindo do antigo IPS até a Praça Municipal, os servidores decidiram realizar uma assembléia na segunda feira (08), apartir das 7 horas, na SEPLAG, localizada no vale dos Barris para decidir sobre os rumos do movimento.
Sem a abertura do diálogo com a Administração do Município de Salvador, que parece estar sem comando, o SINDSEPS deverá montar novas estratégias de luta para consecução dos objetivos da categoria.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

SERVIDORES FAZEM PASSEATA PARTINDO DO IGUATEMI

Conforme deliberado em assembléia no dia de ontem (02) o SINDSEPS promoveu hoje (03) uma caminhada que saiu da frente do Iguatemi até o Atacadão Macro. Várias viaturas da Polícia Militar foram deslocadas para o local, mas, os servidores resistiram e deram prosseguimento ao movimento.
Infelizmente o Prefeito João Henrique continua insensível à Pauta dos Servidores, demonstrando total desinteresse em discutir a questão.
O movimento prossegue amanhã com caminhada saindo do Supermercado EXTRA da Rótula do Abacaxi a partir das 15 horas.

terça-feira, 2 de junho de 2009

SERVIDORES MUNICIPAIS DECIDEM PARALISAR AS ATIVIDADES POR 72 HORAS

Servidores saem em caminhada pela avenida sete, após assembléia


Em assembléia, bastante concorrida, os servidores decidem paralisar as atividades


Em assembléia realizada hoje (02), no auditório do Sindicato dos Bancários, os servidores municipais decidiram por uma greve de 72 horas, paralisando todos os serviços prestados pela Prefeitura de Salvador.

A Pauta da Campanha Salarial foi entregue pelo SINDSEPS à administração desde o dia 03 de abril e, até o momento, não houve nenhuma sinalização da prefeitura em apresentar uma contraproposta, restando aos trabalhadores a alternativa de uma greve. Após a realização da assembléia os servidores saíram em caminhada até o IPS.
Amanhã (03) está prevista uma “marcha pela dignidade” com concentração prevista no Iguatemi a partir das 16 horas.

Veja mais sobre o assunto, clicando aqui