Diante da crise financeira internacional e o desgaste profundo das idéias neoliberais no mundo, a filosofa Marilena Chaui diz que se abriu um campo de novas reflexões para a esquerda. Afirmou que surgiu espaço para "práticas de classe por parte dos trabalhadores", uma vez que as atenções da economia e das políticas governamentais estão voltadas para a esfera da produção e trabalho. No seu entendimento é possível o "reaparecimento de movimentos sociais dirigidos aos direitos econômicos, sociais e políticos."
Em entrevista à revista CULT, Marilena Chaui argumentou que ao discutir a chamada economia real (produção e trabalho) o que se anuncia é a retomada da discussão "do núcleo do modo de produção capitalista".
"Isto é, o valor produzido pelo trabalho, e havia sido justamente isso que o monetarismo neoliberal julgara ter liquidado para sempre ao supor que poderia tratar o capital como moeda e não como resultado do processo de trabalho", explicou.
A filosofa advertiu que uma operação própria do neoliberalismo, segundo a qual todos os recursos públicos são direcionados para os interesses do capital, foi colocada em questão. Essa prática levou à privatização dos direitos sociais, "ao transformá-los em serviços privados a serem adquiridos no mercado."
"O pensamento e a práxis se abrem porque a percepção da irracionalidade do mercado desmantela a crença em sua suposta racionalidade autônoma, crença que durante 30 anos assegurou a hegemonia ideológica do chamado pensamento único", argumentou.
Em entrevista à revista CULT, Marilena Chaui argumentou que ao discutir a chamada economia real (produção e trabalho) o que se anuncia é a retomada da discussão "do núcleo do modo de produção capitalista".
"Isto é, o valor produzido pelo trabalho, e havia sido justamente isso que o monetarismo neoliberal julgara ter liquidado para sempre ao supor que poderia tratar o capital como moeda e não como resultado do processo de trabalho", explicou.
A filosofa advertiu que uma operação própria do neoliberalismo, segundo a qual todos os recursos públicos são direcionados para os interesses do capital, foi colocada em questão. Essa prática levou à privatização dos direitos sociais, "ao transformá-los em serviços privados a serem adquiridos no mercado."
"O pensamento e a práxis se abrem porque a percepção da irracionalidade do mercado desmantela a crença em sua suposta racionalidade autônoma, crença que durante 30 anos assegurou a hegemonia ideológica do chamado pensamento único", argumentou.
Texto extraído do site da CUT 27/03/2009 02:58:49
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